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Como ter uma aposentadoria tranquila sem precisar (somente) do INSS

A reforma da previdência é um dos assuntos mais comentados ultimamente. A cada governo, surgem novas perspectivas de mudanças na legislação. Em função disso, as pessoas têm cada vez mais dúvidas sobre qual é a melhor maneira de garantir uma aposentadoria tranquila.

Sejam quais forem as mudanças que venham com a próxima reforma da previdência, o ideal é não contar apenas com esse recurso como fonte de renda. Há uma série de alternativas que podem contribuir com a perspectiva de construir um futuro mais tranquilo, como fazer um bom planejamento, diversificar suas fontes de renda, entre outras.

A seguir, mostraremos 6 dicas para que você possa se planejar de maneira adequada e ter tranquilidade quando chegar o momento da sua aposentadoria. Acompanhe a leitura!

Entenda como funciona a aposentadoria pelo INSS

Todo cidadão que trabalhou e contribuiu com a previdência social tem o direito de se aposentar pelo INSS. Atualmente, existem diferentes critérios que permitem a aposentadoria: a idade, o tempo de contribuição ou a fórmula 86/96.

No caso da idade, o benefício pode ser solicitado pelos homens a partir dos 65 anos, e pelas mulheres a partir dos 60, desde que sejam trabalhadores de áreas urbanas. Já aos trabalhadores de áreas rurais, a idade mínima para os homens é de 60 anos, e 55 para as mulheres. É necessária, ainda, a contribuição mínima de 15 anos.[rock-convert-pdf id=”8925″]

Se o processo for com base no tempo de contribuição, o prazo mínimo para homens é de 35 anos, e 30 para as mulheres. Nesse caso, a pessoa pode solicitar o benefício sem atingir a pontuação 86/96. Entretanto, o valor a ser recebido será calculado com base no fator previdenciário, ou seja, a aposentadoria será proporcional.

Outra forma de obter o benefício integral é por meio da fórmula 86/96. Dessa maneira, a somatória da idade e tempo de contribuição é de 96 para homens, e 86 para mulheres. Vale lembrar que a cada ano deve ser adicionado 1 ponto a cada valor de referência, até que em 2026 as mulheres atinjam 90 e os homens, 100 pontos. A atual proposta de reforma da previdência acaba com esse mecanismo, sendo necessários 40 anos de contribuição para obter o benefício integral.

Além de todos esses requisitos, mesmo ao conseguir o benefício integral, o valor recebido jamais será equivalente ao salário do último emprego (hoje o teto está em R$ 5,8 mil). Outro motivo de preocupação com o benefício são os reajustes anuais, que nunca seguem os mesmos índices que são aplicados aos trabalhadores ativos.

Veja 6 dicas para ter uma aposentadoria tranquila

Com todas essas preocupações sobre as formas de se aposentar e, ainda, a insegurança quanto às futuras mudanças que estão por vir, é imprescindível buscar uma maneira de complementar esse benefício.

1. Defina o que você pretende para o futuro

Definir o futuro significa estabelecer alguns critérios importantes a serem seguidos. Por exemplo, você pode determinar que depois que seus filhos seguirem seus destinos, talvez seja o momento certo de morar em uma residência menor.

Avalie também qual é o seu padrão de vida e analise o custo de cada item. Esse levantamento é importante, pois possibilitará fazer a estimativa de quanto deverá ser o rendimento mensal para garantir a manutenção desse padrão.

2. Faça um planejamento financeiro

Ao fazer um planejamento financeiro muitas coisas precisam ser consideradas, não apenas o custo de manutenção do padrão de vida que você pretende levar. Lembre-se que essa é uma fase da vida em que há mais despesas com medicamentos e planos de saúde, portanto, esses itens devem constar na sua planilha.

Não se esqueça que o lazer faz bem à saúde. Por isso, é importante que ele faça parte do seu planejamento. Se você gosta de viajar, determine quanto do seu rendimento terá essa finalidade. Enfim, todas as despesas têm de serem bem planejadas e organizadas.

3. Tenha uma reserva financeira

Poupar dinheiro é sempre uma excelente sugestão, ainda mais se o objetivo for construir uma reserva que ajudará a manter o seu padrão de vida durante sua aposentadoria. Assim, se conseguir reservar 10% do seu salário todos os meses, verá que esse esforço fará diferença no futuro. No entanto, esse percentual deve ser determinado de acordo com as possibilidades de cada um.

Você também pode escolher entre vários tipos de aplicações financeiras onde destinar o seu dinheiro, como títulos de renda fixa e variável. Entretanto, é preciso atenção quanto às taxas administrativas, essas taxas devem ser equivalentes ao desempenho do gestor, se a taxa for alta e o retorno inferior a média de mercado procure outro gestor, senão os rendimentos serão corroídos.

De tempos em tempos, reveja seu investimento e certifique-se de que ainda seja lucrativo. O ideal é que a aplicação proporcione um rendimento equivalente ao risco em exposição, sendo que para investimentos de menor risco o mínimo seria de 6,5% ao ano (próximo de 100% do CDI, que pode ser obtido nos títulos Tesouro Selic). Caso esteja defasado, considere outras alternativas mais vantajosas.

4. Conte com fonte de renda diversificada

A aposentadoria pode ser — também — o momento de mudar o ramo de trabalho. Há inúmeras atividades que podem ser feitas com o objetivo de complementar a renda. Aproveite essa fase da vida para trabalhar em algo que sempre quis. Uma ótima alternativa é investir em uma atividade que seja prazerosa e possa trazer algum rendimento; transformar seu hobby em negócio, por exemplo.

Outra alternativa é a prestação de serviços em empresas, como oferecer algum serviço de consultoria, apresentar palestras, entre outras. Porém, fique atento quanto à flexibilidade desse trabalho, de modo que seja possível aproveitar os benefícios da aposentadoria.

5. Invista em uma previdência privada

Uma maneira muito segura de garantir tranquilidade na aposentadoria é o plano de previdência privada. Ele funciona semelhante a um fundo de investimentos. Dessa maneira, o investimento também pode ter diferentes perfis de risco, o que pode proporcionar maiores rentabilidades.

A principal diferença entre o plano de previdência e os demais investimentos são os benefícios tributários e de sucessão. Quanto aos tributos, há a possibilidade de redução no imposto a pagar de acordo com o tempo da aplicação, assim como uma redução dos impostos na fase de acumulação (não há come cotas a cada seis meses como nos fundos de investimento tradicionais). Além do mais, em caso de sucessão, o valor é pode ser direcionado integralmente aos beneficiários sem a necessidade de esperar o processo de inventário.

Ao investir em um plano de previdência, deve-se observar se o valor das taxas de administração e de carregamento são compensados por um bom desempenho do gestor. Outro item importante a considerar é a escolha do tipo de plano mais adequado. Isso porque existem duas categorias: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). A primeira é o modelo que deve ser escolhido por quem faz a declaração de imposto de renda completa. Já a categoria VGBL é a melhor opção aos optantes da declaração simplificada.

É importante ressaltar que a dedução dos valores que foram investidos no plano PGBL só é permitida aos contribuintes da previdência social, seja por meio do INSS ou pelo regime dos servidores públicos. Além disso, se o benefício estiver no nome de filhos acima de 16 anos, eles também têm que ser contribuintes.

6. Tenha um seguro de vida

O seguro de vida proporciona segurança aos seus familiares caso ocorra uma fatalidade e também pode oferecer coberturas para diversos outros tipos de eventualidade.

O seguro de vida pode contemplar alguns imprevistos que impossibilitem o trabalho, entre eles:

  • invalidez permanente, parcial ou total, devido à acidentes;
  • diagnóstico de doenças graves;
  • diárias de incapacidade temporária, seja por acidente ou doença;
  • renda por invalidez permanente total, devido à acidentes ou doenças.

Enfim, conquistar uma aposentadoria tranquila é o objetivo de todos os trabalhadores. Para isso, é possível complementar os valores pagos pelo INSS seguindo as nossas dicas: fazer um planejamento financeiro (sua estratégia), investir em uma previdência privada (seu plano de ataque) e ter um seguro de vida (seu plano de defesa). Dessa maneira, você poderá contar com recursos adicionais e garantir mais qualidade de vida.

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