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Como fazer um planejamento financeiro familiar corretamente? Confira!

Dinheiro é algo difícil de ganhar e fácil de gastar. Se não houver muita disciplina, as contas saem do controle, especialmente em períodos de crise econômica prolongada. Não é à toa que 62,6 milhões de pessoas estavam com o nome sujo em abril de 2019, como apontam dados da CNDL/SPC Brasil.

Para não engrossar as estatísticas, o melhor caminho é fazer um bom planejamento financeiro familiar, que proporcionará um panorama das suas finanças domésticas e ajudar você a melhorá-las. Isso traz uma série de benefícios, protegendo contra riscos imprevistos, aumentando o patrimônio da sua família e permitindo alcançar seus objetivos.

Neste artigo, mostraremos o que é preciso para fazer um planejamento familiar corretamente e, assim, conseguir alcançar seus objetivos. Acompanhe!

Mapeie todas as despesas

Qualquer coisa que se queira melhorar começa por um diagnóstico da situação atual. Se você vai ao médico, primeiro ele vai procurar saber como está sua saúde atual para encontrar o diagnóstico e, só então, prescrever o tratamento.

Para as finanças, vale o mesmo processo. Se você não sabe no que gasta, não tem como enxergar quais são os ralos de dinheiro.

Relacione todas as suas despesas fixas e anote todos os gastos durante um mês. Você se surpreenderá ao ver como a soma de pequenas gastos vira um volume bem significativo no fim do mês.

Não se esqueça dos gastos sazonais

Existem alguns gastos que não são mensais e que ocorrem, por exemplo, uma vez por ano. É o caso de IPTU, IPVA, seguro do carro, matrícula e material escolar. Pela descrição, você já deve ter notado que eles vêm quase todos entre o fim e o começo do ano, época de gastos com festas e presentes.

Vamos imaginar que você pague R$1.000 de IPTU, R$1.500 de IPVA, R$2.000 de seguro do carro, R$1.500 de matrícula da escola e mais R$1.000 de material escolar. São R$7.000 ao todo. Só nisso vai boa parte (se não todo) o seu 13.º salário — se você fizer parte da parcela da população que conta com esse direito.

Agora, se desembolsar R$7.000 de uma única vez é pesado, guardar R$600 por mês e chegar ao fim do ano com o valor certo para pagar as contas seria um grande alívio, não? Assim, some suas despesas sazonais, divida por 12 e organize-se para guardar esse valor todo mês.

Envolva a sua família

Como o nome diz, o objetivo é fazer um planejamento financeiro familiar. Não adianta você apertar o cinto se sua família não estiver comprometida com a ideia. Mostre a todos quais são os gastos, de quanto é a renda e trace objetivos em conjunto.

Todo mundo quer viajar nas férias? Quanto é preciso economizar para isso? De onde vai sair esse dinheiro? Se todo mundo tiver em mente os mesmos objetivos, fica muito mais fácil fazer com que todos contribuam.

Corte despesas

Agora que você já analisou seu orçamento, chegou a hora de ver onde dá para economizar. Vale a pena gastar tanto na TV a cabo? Será que a família precisa mesmo de dois carros? Dá para economizar com estacionamento e parar o carro na rua?

É possível também trocar alguns gastos sem grandes sacrifícios. Se você almoça fora com a família todo fim de semana, pode reduzir para uma vez a cada 15 dias e, nas outras semanas, fazer um piquenique no parque.

Veja, se esse almoço sai R$200 por semana, eliminar dois deles seria uma economia de R$400 por mês — ou R$4.800 por ano.

Tenha planos

A vida é uma eterna escolha entre curto prazo e longo prazo: como esse doce agora e aceito que posso ganhar peso ou me privo desse prazer para manter a forma? Deixo de sair no fim de semana para estudar para aquele concurso que vai me colocar na carreira que eu quero, ou, saio agora e aproveito a companhia dos amigos?

Assim, sacrificamos algo no curto prazo para alcançar algo que consideramos mais significativo no longo prazo. Por isso é tão importante ter planos. O que pode fazer com que você decida não gastar agora? A viagem de férias? Trocar de carro? Comprar um imóvel? Ter um futuro tranquilo?

Invista regularmente

Você fez seu orçamento, seja numa planilha ou em um programa específico para esse fim e colocou lá todos os seus gastos mensais. Agora insira mais um: investimento. Separe um valor mensal para investir e considere-o mais uma conta que você tem que pagar.

Pode ser um valor fixo ou um percentual dos seus ganhos, mas faça e comece agora. Se você esperar o dia em que vai sobrar dinheiro para essa finalidade, as chances de isso acontecer são pequenas. Não pode investir muito? Não tem problema, comece com pouco mesmo e aumente conforme for possível.

Aqui é importante que você forme primeiro uma reserva de emergência. Imprevistos acontecem na vida de todo mundo e, se você não tiver os recursos necessários para lidar com eles, a situação pode ficar ainda mais complicada.

Não existe uma fórmula certa para o quanto se deve ter na reserva de emergência, mas especialistas em geral recomendam algo próximo a seis rendas mensais. Esse dinheiro deve ser aplicado em investimentos de baixo risco e que permitam resgate imediato.

Além disso, é preciso guardar dinheiro para o futuro. Lembre-se de que a previdência social está cada vez mais restrita e paga pouco, então é importante acumular recursos suficientes para ter uma aposentadoria tranquila.

O ideal, portanto, é ter diferentes reservas: uma para emergências, uma para a aposentadoria e a terceira para suas metas e sonhos, como a viagem, o carro ou a casa. Vale destacar que tanto a reserva de emergência quanto a da aposentadoria devem permanecer intocadas.

Viu só como é possível fazer um bom planejamento financeiro familiar com um pouco de disciplina e organização? Uma vez que você adquira o hábito de controlar o orçamento, será muito mais simples colocar as contas em dia e poupar para o futuro e para realizar seus sonhos.

Vamos começar já? Aproveite para disseminar o conhecimento compartilhando este post nas suas redes sociais!